domingo, 28 de abril de 2013

ZERO faz última apresentação no Club Noir - São Paulo


Espetáculo em Inglês de Curitiba Faz Última Apresentação no Club Noir - SP


ZERO, peça em inglês escrita e dirigida por Don Correa, com o ator Brian Townes, faz sua última apresentação no Club Noir, São Paulo, no dia 28 de Abril às 20h00.


O crítico e editor-chefe da Revista Antro+, Ruy Filho, em crítica dedicada ao espetáculo, aponta:

"Zero realiza bem o proposito do transumano. Consegue se destacar nas experiências mais próximas aos princípios da teoria, ao elencar imagens fortes, simbolicamente complexas, a partir de estruturas de representação simples e belas. O ator, evidentemente, não atinge o estado de autocombustão. Mas a experiência trazida ao espectador pode ser sim descrita como uma maneira de incendiar suas convicções por dentro. Atear fogo é pouco nos dias atuais. É preciso conseguir levar o outro a aceitar sua própria destruição. E Zero faz necessariamente bem muito de tudo isso."

ZERO
texto e direção: Don Correa
elenco: Brian Townes
fotografia: Bruno Mancuso
produção: FALA companhia de teatro

Domingo, 28/4, 20h00
CLUB NOIR
R. Augusta, 331, Consolação - São Paulo

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Antro+ Diálogos: Crítica de Ruy Filho a ZERO

Surgir ao fogo como sombra daquilo que lhe obriga existir


O fogo é, desde sempre, um signo inseguro. Se é que existam signos assim. Pois sua verdade depende do reconhecimento anterior à qualquer tentativa de revelação. Esteja ele na caverna para apresentar sombras ao filosofo, ou nas possibilidade de autossuficiência dos mortais frente à sua liberdade dos deuses. O fogo existe porque vive nele mais do que as chamas. É antes, calor. E antes ainda, imaterialidade e potência de autodestruição. Não épossível dizer por onde ou de onde surgiu sobre o homem. Apenas que a pele, em segundos, se alimenta do calor que paradoxalmente a consome. O corpo queima. Faz-se real. É antes dor e presença. Autocombustão. A qualidade de produzir ao ser a queima dele mesmo. Ou a penitência? Ao optar por trazer a poética que sustenta a narrativa do espetáculo pelos caminhos desenvolvidos juntos aos princípios do teatro transumano do Club Noir, a coerência se justifica na maneira como os argumentos estéticos se fortalecem com as escolhas. A luz que não desenha o homem, mas determina aquilo que nele não está visível, feito a sombra na caverna, quando o individuo conhece sua presença pela observação daquilo que não se coloca ao olhar. Se a verdade está antes ao fogo, então também ao combustível, o sujeito revelado por ela se encontra distante do instante da manifestação real. Sendo assim, não lhe cabe ser apenas o homem que projeta a sombra. É ele, primeiro o instrumento da matéria pela qual se dá a fuga de representação. O sujeito deixa de ser identidade e contorno, passa a ser pré-memória e preenchimento. O que o torna impossível de ser nomeado sujeito. Quem é ele? O homem, tal qual acreditamos assistir em Zero, não é o ator. Este é sombra. O homem encontrado ali somos nós, imagem verdadeira entre o fogo-teatro e a projeção-voz. Mas o fogo, em si, não está noutro lugar que não no corpo. É disso que trata o espetáculo. O corpo se queima. Faz-se, logo, ação. Portanto, resta compreender quem traz em si quem. O corpo carrega o fogo, feito a união simbólica entre consciência e existência, tal qual Prometheus, ou o contrario, mais pertinente à Fênix, em seu eterno processo de renascimento a partir das labaredas? Zero responde pela sucessão de imagens, cujas correlações se limitam aos extremos dos instantes, o momento em que a explosão pode ou não ocorrer. A violência que completa as relações dimensiona a autodestruição como inerência do individuo. O homem qual assistimos é mais pássaro. Basta-lhe ser e deixar que o fogo igualmente seja. Basta estar e exigir do fogo a desconfiguração de quaisquer confirmações de identidade. O fogo age pela necessidade em queimar, pois apenas dessa maneira será o que pretende ser. O corpo, por sua vez, o recebe pela importância em não permanecer estável, e gera um homem impossível de ser traduzido. A impossibilidade inerente ao humano em não ser a configuração exata de qualquer identidade ou desenho de sujeito. A imagem, o congelamento, é suficiente como cena. A solução de representação se faz pelo esgotamento do corpo que inexiste também no gesto, trazido pela palavra em forma de ativamento de novas combustões. Zero realiza bem o proposito do transumano. Consegue se destacar nas experiências mais próximas aos princípios da teoria, ao elencar imagens fortes, simbolicamente complexas, a partir de estruturas de representação simples e belas. O ator, evidentemente, não atinge o estado de autocombustão. Mas a experiência trazida ao espectador pode ser sim descrita como uma maneira de incendiar suas convicções por dentro. Atear fogo é pouco nos dias atuais. É preciso conseguir levar o outro a aceitar sua própria destruição. E Zero faz necessariamente bem muito de tudo isso.

(Ruy Filho)

http://antroexpostodialogos.blogspot.com.br/2013/03/zero-postscript-to-anarchist-cookbook.html

ZERO

texto e direção: don correa
elenco: brian townes
fotografia e vídeo: bruno mancuso
produção: FALA companhia de teatro

26, 27 de Abril às 21h00
28 de Abril às 20h00

Club Noir
Rua Augusta, 331, Consolação - SP

www.ciaclubnoir.blogspot.com

sexta-feira, 19 de abril de 2013

ZERO fará apresentações no Club Noir (São Paulo) nos dias 26,27 e 28 de Abril

Espetáculo em inglês de Curitiba fará três apresentações no Club Noir.



ZERO, espetáculo em inglês escrito e dirigido por Don Correa, interpretado pelo nova-iorquino Brian Townes, fará 3 apresentações no Club Noir, localizado na Rua Augusta 331, nos dias 26, 27 e 28 de Abril.

Após participação no Festival de Teatro de Curitiba, sendo apontado pela crítica Luciana Romagnolli como uma "orquestração sensível de luz, som, ritmos e sensações", ZERO segue em breve temporada na cidade de São Paulo.

A combustão humana espontânea: a epifania que move um homem à ação. Desde o homem que mata um cão com um golpe martelo até o solitário que marcha peito aberto contra um pelotão de choque - algo que pulsa e constitui uma ameaça permanente.


ZERO
texto e direção: don correa
elenco: brian townes
fotografia e vídeo: bruno mancuso
produção: FALA companhia de teatro


26, 27 de Abril às 21h00
28 de Abril às 20h00


Club Noir
Rua Augusta, 331, Consolação - SP


www.ciaclubnoir.blogspot.com

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Estudos de Dramaturgia em Inglês


ESTUDOS DE DRAMATURGIA CONTEMPORÂNEA EM INGLÊS NO TIE WORKSHOP



Theatre in English Workshop estará formando grupos de estudo de dramaturgia contemporânea em inglês, focados na leitura, interpretação, análise, e eventual tradução para português, de obras selecionadas dos seguintes autores (entre outros):




Harold Pinter, Nobel-Prize-winning English playwright, 
screenwriter, director and actor

  • Harold Pinter (1930-2008)
  • Martin Crimp (1956-)
  • Martin McDonagh (1970-)
  • Daniel Macivor (1962-)
  • Gregory Burke (1968-)
  • David Mamet (1947-)
  • Sarah Kane (1971-1999)





As oficinas serão ministradas pelo diretor e dramaturgo Don Correa, e pelo ator e diretor nova-iorquino Brian Townes. Todos encontros serão ministrados exclusivamente em inglêsOs participantes devem assim ter um nível “upper-intermediate” ou “advanced” no idioma falado e escrito e interesse em dramaturgia contemporânea. 

Interessados enviem um currículo resumido para tieworkshop@gmail.com (vagas limitadas).

sábado, 6 de abril de 2013

ZERO é destaque no Festival de Teatro de Curitiba 2013


ZERO é apontado pela crítica Luciana Romagnolli como destaque no Festival de Teatro de Curitiba 2013

(Balanço do Festival de Luciana Romagnolli)


"Dentre as curitibanas, destaque para Circo Negro, da CiaSenhas, cuja ousadia do tom cínico e do modo como também leva o escracho a sério causou recepções controversas. E para o jovem diretor Don Correa, pela orquestração sensível de luz, som, ritmos e sensações no monólogo em inglês Zero. Assistente de direção de Alvim em Haikai, ele só tem a crescer libertando-se mais da sombra estética do mestre rumo à construção de uma obra particular."


sexta-feira, 5 de abril de 2013

ZERO faz últimas apresentações no Festival de Teatro de Curitiba 2013


ZERO, única peça em inglês do FTC 2013, faz sua última apresentação pelo Festival.


O ator nova-iorquino Brian Townes, dirigido em texto escrito por Don Correa, fará as últimas apresentações no Coletivo de Pequenos Conteúdos, no TUC.



ZERO
texto e direção de don correa
com o ator nova-iorquino brian townes
6/4, 22h00
Coletivo de Pequenos Conteúdos
TUC (Galeria Júlio Moreira, Largo da Ordem)

ficha técnica:
texto e direção: don correa
elenco: brian townes
iluminação, sonoplastia, cenário e figurinos: don correa
fotografia e vídeo: bruno mancuso
operador de luz: fernando dourado